Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal - Por João Luiz Viana
Ainda sinto o cheiro da Florada, meados da estação, Primavera chegando... As chuvas de setembro cobriam de branco o Bugrao. Era lindo, um espetáculo a parte, para os cafezais iam todos, jovens, crianças, adultos, época de tirar fotos, registrar aquela beleza, guardar na memória. Felicidade imensa de pensar q aquele mar branco de flores transformaria se no delicioso café...
Mas em meio ao delicioso aroma e sabor todo café tem seu amargo...
Muito sangue e suor...
Trabalho pesado, duro, rostos marcados, mas com muita alegria, parecia uma festa...
E se transformava mesmo em uma , no final da colheita...Em agradecimento todos se reuniam p comemorar a colheita bem sucedida. O terreirão era o palco, lá contavam se os "causos" os sonhos, os desejos e esperava a próxima colheita...
Em 1975 não houve colheita...
Em 1975, não houve o branco da florada, houve o branco da geada..
Um mar de gelo transformou a paisagem, o verde dos cafezais acabou...
Com o fim dos cafezais, inicia se a partida...
Amigos e familiares se foram, ganharam o mundo, outros ficaram como eu, mas cada qual guarda lembranças de um tempo q não volta mais...
Viramos história...
Memorias de um povo feliz...
João Luiz Viana
Agachado: Gilmar Araujo, a esquerda Pedro Faustino, primeira a direita: Mara Candida, com um cachorro no colo: Marluce Viana, atrás: Marlene Viana, a frente, a direita: Otacilio Viana; atrás de Pedro Faustino: João Luiz Viana. Foto de 1984.
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