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Mostrando postagens de setembro, 2017

Velho Bernardino: uma doce lembrança - Mara Candida Viana

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Era muito criança. Lembro de haver tido geada naqueles dias. odos ficaram desesperados quando ficaram sabendo que tinha saído de Jau e não havia chegado. Passaram a procurar e encontraram sentada embaixo de uma árvore com sua bagagem. tudo indicava que havia errado o ponto e se perdeu e não teve forças pra voltar ao caminho. E lembro que  morou numa casa de madeira, logo abaixo da nossa. Tinha pomar de laranja, horta...e sempre pão, bolo e doces... Eu também ganhei um terço dele da última vez que ele foi pra Aparecida. Lembro dele já abatido e de cama.  Fui visita-lo e ele dizer: não tenho nada pra oferecer...o veio tá doente não aguenta fazer mais. E logo ele foi pro hospital e aconteceu a tragédia. Lembro do falatório das pessoas indignadas do hospital liberar sem a ambulância ter ido buscar e tal. Sofrimento para todos!!! Homem bom e lembrado com carinho por todos!!!

Tempos açucarados - João Luiz Viana

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Sr. Bernardino - Rei dos doces por onda passou. Ao seu lado, Aldo, filho do Dito Rita - Foto:  acervo de Delsa Ferreira Doce de abóbora, doce de jaracatiá, doce de batata doce, doce de laranja, doce de mamão, doce de goiaba, doce de amendoim, pastéis de queijo, Romeu e Julita, queijadinha, bolo e pudim. Coisas do destino, um retirante nordestino por nome BERNARDINO no Bugrão veio morar. História triste de um menino deixado em um banco da antiga sorocabana sentado... Imagino seu sofrimento, mas meu avô lhe deu um teto e acalento. Deu também um pedaço de terra, terra abençoada, lá tinha de tudo tinha arroz, tinha feijão, verduras, legumes, frango, porco, açafrão, outros temperos variados que nem sequer sei o nome. Tinha remédio para todas as doenças, de farmácia ninguém precisava, para curar gripe resfriado lá no BERNARDINO tinha remédio de punhado. Em uma casinha de madeira rústica receitas eram criadas, inventadas, misturadas, parecia mágica, coisa inacre...

Tardes de domingo no campo do Bugre - Jairo Trigolo

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Campo do Bugre - Anos 1980 - Foto: acervo de Jairo Trigolo Este local do campo, bem próximo de minha casa, foi onde a maior parte dos habitantes da comunidade dos Bugres passava as tardes dos domingos durante anos. Era lazer de graça para todos, de boa qualidade, onde o objetivo em comum era apenas se divertir, esquecer o cansaço do trabalho duro da lavoura. Era também o local de encontro de jovens.  Muitos deles deram início a relações que acabaram em casamento. Grandes amigos se descobriram e essas amizades ainda existem. Não eram apenas glamour.   Foi palco também de desentendimentos que se tornavam verdadeiros campos de batalha, com muita pancadaria e pessoas feridas, confusões estas que quando aconteciam, nossa mãe já deixava a ordem explícita de correr para a  casa para que não virássemos vítimas.  Nem tudo era guerra. Grandes torneios de futebol onde participavam times do município e de outros municípios vizinhos.  Até o campeonato munici...

Um clarão riscou o céu - Osvaldo Luis Viana

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Cheiro de terra molhada - Imagem de domínio publico - Google Era um dia chuvoso. Meu pai Alcides, eu, Pedro, João e mais uns camaradas, capinávamos o Arrozal. Choveu praticamente o dia todo. Chuva mansinha, suave. Escorria pela aba do chapéu e molhava nosso rosto, lavava até alma. Um cheiro de terra molhada que ninguém esquece. Já ao cair da tarde, a chuva serena transformou-se em tempestade O dia virou noite: raios e trovões riscavam o céu. Procuramos abrigo embaixo da carreta cobertos por uma lona. Lembro-me perfeitamente dos relâmpagos que clareavam o céu e o chão. Uns rezavam, outros faziam piadas. Um Senhor que trabalhava conosco, dava risadas e dizia que São Pedro estava "riscando o binga". Eu, meu pai e meus irmãos pedíamos para Santa Bárbara nos proteger. Foto: domínio publico - Google “Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das Fortalezas e a violência dos furacões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem” ... ...

Lembranças - Osvaldo Luiz Viana

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Uma das lembranças mais lindas da minha época era o mês de maio. Tinha terço todos os dias e a Hortência nos colocava perto do altar. Hortência Viana Gomes - Uma vida devotada a Capela do Bugre - na foto: Maria, irmã da Cidinha  Viana (que Dona Hortência coloca a mão no ombro), na sequência, a esquerda, Madalena (filha da Dona Ana, costureira) -  Foto - Autor desconhecido - Arquivo pessoal de Marcos A  Correa Presença de muitas crianças. Por cada presença, ganhávamos um pontinho e somado um com o outro, dava um total no fim do mês. A promessa: quem tivesse o maior número de presença ganhava um presente melhor,  mas na verdade, no final todos nós ganhávamos um presente. Não imaginam como era nossa alegria. Era maravilhoso! Muito lindo. Quem da minha época vai se lembrar disso? Isso em nossas vidas foi marcante. 

Memórias de um chão de barro - Darci Ferreira

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De repente muitas e muitas décadas se passaram, mas tenho bem nítido na memória algumas lembranças de quando com mais ou menos 5 anos de idade cheguei para morar na colônia da CABECEIRA DOS BUGRES. Local onde era a antiga "Colônia do Varte", onde parte dessa história é narrada. Eram tempos de um Brasil rural, teimando com a urbanização acelerada, desterrando o homem do campo, empurrando-os para a cidade. Hoje cana, hoje lembrança de vidas intensas que por ali borbulhavam em plena existência. Foto - Marcos Antonio Corrêa A cada abrir dos olhos vejo as imagens de como era ao redor de minha casa, parecia que tudo era muito grande, mas não era. No fundo quintal há alguns metros de distância tinha uma mina d’agua e um taboal, onde era várzea, um córrego e o calipeiro, muitas arvores de eucalipto que exalava  um cheiro maravilhoso na época da florada. Essa várzea separava os pastos, as terras do Srº Otacílio, onde tinha muitas vacas, bois e cavalos e da mina lavando roupas...

Onze mais um - João Luiz Viana

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A partir da esquerda alguns de nossos inesquecíveis personagens que não mais estão conosco: Joaquim Biazotti, Moacir Camargo e Alcides Luiz Viana. Recordação do "Bar", onde deliciosos picolés do vindos do bar do Bento.  Não basta jogar, a torcida tem que participar, incentivar, vibrar... Domingo de manhã, festa no Bugrão,  lá  pelas 10h chegava o Ditão do Prata Fina, com ele uma parte do time. A movimentação começava cedo, roçar o gramado, montar o boteco, escalar o time, acertar o roupeiro aí começava a disputa entre o Ditão e o Dominguinho. Acertado tudo, começava o jogo, primeiro os aspirantes  depois o time oficial: os Titulares. Jogo sempre duro demais, cada domingo mais difícil, mas a vibração da torcida fazia toda a diferença.  Como esquecer Sr Zé de Barros,  Sebastião Torquato e  seu guarda-chuva, Ditão,  Dito do Prata Fina, Nêm Corrêa, Alcides Viana, Adão Julião,  meu pai, Octacílio Viana, Joaquim Biazotti, Romão, G...

Doces Lembranças - Josefina de Paula Castro (Nenê do Roque)

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O campo de futebol era ainda no atual sítio do Osvaldo  Viana. Tinha  6 anos foi.  O ano era  1966. Éramos muito crianças, mas  lembro de tudo. Aos domingos  todos se  reuniam  para assistir o jogo e deliciar com os picolés. Não podia faltar a ida até a venda do senhor Malaquias comprar doce. Existia uma guloseima que aguardávamos. Era sem igual: as queijadinhas e o pudim do Velho Bernardino. Era uma verdadeira alegria para os jovens. Outro acontecimento de muito aguardo entre a juventude, eram os bailes na casa da Dona Hortência. Eram as mais lindas músicas  da época do Rei  Roberto Carlos. Era a minha querida amiga Preta e meu amigo Negão que  animava. O bailão era mito bom.  Quanta boa e imensas recordações. Eu, meu irmão e nosso amigo  Marcos Corrêa, gostávamos de brincar  na sombra do Figueirão. Mas isso agora é passado. São eternas lembranças que nos fazem rir e chorar. Chegou o dia em q...

Um dia memorável! - Por Osvaldo Luiz Viana

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Em umas das nossas disputas a tarde jogávamos 3 contra 3 e num desses dias o Marcos teve um dia de glória e muita alegria para nós companheiros de time. Cada jogador efetuava três cobranças e no gol, os três jogadores adversários. Numa dessas disputas eu e Marcos éramos do mesmo time, não me lembro quem era o outro companheiro nem quem eram os adversários. Neste dia memorável, inacreditável, quase que impossível, o imponderável aconteceu. O time meu e do Marcos estava perdendo de 3 x 0 e eu o outro companheiro já tínhamos efetuado as 6 cobranças e havíamos errados todos os chutes. Restavam apenas os três chutes do Marcos. E acinte do céu, o inacreditável! Até mesmo porque o Marcos não era o melhor cobrador e aconteceu! Ele não só marcou os três chutes, como no desempate, ganhamos a disputa. Gente, vcs não imaginam nossa felicidade. Corremos ao encontro do Marcos quase o matamos sufocado. Meu Deus! Que delícia. Quanta felicidade, vocês não imaginam. Foi um sonho. Essa é a n...

Meu avô Joaquim e a bola de fogo - Thiago Biazotti

Meu avô Joaquim, saudosa lembrança! Houve um dia que chegou em casa depois de ter tomado uns goles em Ribeirão do Sul. Nesse dia disse ter visto uma bola de fogo e xingava a mesma: "vem aqui sua filha da puta. E não é que a bola veio? Pegou ele e jogou no chiqueiro de porco do Vô Alcides. Detalhe: a cerca tinha quinze fios de arame farpado.  Quando deu por si, começou a gritar a vó Rosa para tirar ele de lá. Alertados, meu Pai Armando  e  o Tio Ricardo foram busca-lo no chiqueiro.

Uma lição de vida: Cabeceira dos Bugres - Delse Ferreira da Silva

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Delse Ferreira da Silva - Foto: arquivo pessoal Nasci na década de 70 e até os 15 anos vivi aqui na Cabeceira dos Bugres. O Dia a dia, era de muita paz e o contato com a natureza era espetacular. Tinha um compromisso com o relógio e com o tempo e a vida foi me ensinando através de  histórias vivenciadas e lembranças que ficou para trás que o lugar era mágico e desconhecido no universo! Deus, construiu um lugar que era e é especial onde eu brincava, estudava,  ajudava em casa e fiz bons amigos mesmo um dia sabendo que esses ficariam para trás em minha memória. Campo do Bugre na década de 1980 - Foto: Marcos A.  Corrêa Tive uma infância com os pés no chão, curtia a terra, o sol, a chuva e o vento as quatro estações na Cabeceira dos Bugres tornava o lugar belo. Nossa rotina era ir para escola apreciando o verde da natureza.  Nem sempre era um caminho suave, tinha os obstáculos a frente e o percurso as vezes de bicicleta, a pé ou carona de trator com ami...

Missões Redentoristas - 1972 - Marcos Antonio Corrêa

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Foto das Missões Redentoristas de 1972. Nela pode-se ver Leila Araujo, a partir da esquerda, a Maria, José Roberto e Edvaldo Araujo. Percebam as bandeiras logo acima do altar. Quem não se lembra das missões redentoristas de 1972? Tinha 08 anos e me lembro muito bem. Padre Albertine. Já idosos, mas com um vigor sem igual foi o missionário do Bugre. Para lá se dirigiam o povo com fé, povo com fome de Deus. 1972. Tempos dos anos de chumbo da ditadura militar. Parte da Igreja ainda comprometida com o rompimento institucional. Lembro que um das orientações era montar um altar ladeado pela bandeira do Brasil e de São Paulo. Era o Ame-o ou Deixe-o contaminando as praticas religiosas. Esse tipo de ligação só pude fazer muitos anos depois. Dona Hortência, minha mãe, não contente em praticamente estar na capela 24 horas por dia, nos fez mudar de casa. Nessa época, tinha uma casa de madeira, ao lado de uma paineira ainda existente, no sítio do Sr. José Repolhinho e Dona Elvira....

Anos tristes - João Luiz Viana

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O Bugrão amargou  longos anos de luto... Os cafezais viraram cinzas, trabalho de gerações de homens e mulheres guerreiras voltaram ao pó... Mulheres que semeavam, cuidavam, colhiam, muitas vezes em seu ventre mais um filho carregavam para a roça, para as minas junto ao "bucho" de roupas sujas. Lá lavavam, clareavam as roupas sujas de terra vermelha, terra roxa...sobre  suas cabeças um sol de rachar... Mulheres sinônimo de luta, de um tempo que não  podia parar... O filho estava por vir... Vida que segue, das cinzas dos cafezais um novo ciclo inicia... Da fatalidade e incertezas veio a transformação, replantio dos cafezais , maracujá, banana, leite, amora, soja, milho, e outros. Novamente o Bugrão renasce das cinzas, do pó... Ficamos cuidando de tudo aqui, nosso bairro, nossa história,  nossa igrejinha, nossa casa... Dos que foram para outro plano, saudades eternas... Para os que foram ganhar o mundo está  tudo aqui, podem voltar.....

Fantasmas ou sacanagens - Por Jorge Viana

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No final dos anos 70, todos nós: meus pais (Octacílio Viana e Cândida),  meus irmãos solteiros (João, Mara, Marluce e Antônio), moradores do nosso querido bairro do Bugre, sem opções, todas as noites ficávamos juntos assistindo TV (coisa q na época não era privilégio de todos os moradores da zona rural). Além de nós irmãos, também assiduamente recebíamos a visita de alguns vizinhos. Tendo um em especial, era o Nelson Rodrigues, "O Peninha". Ele era fanático por novelas, chegava a chorar nas cenas. Kkk. Lembro muito bem disso. Num dia da semana, depois da novelas, passava uns filmes de terror. Esse dia era o que  mais gostava. O Peninha queria assistir, mas morria de medo de ir embora depois do filme. Ai vinha a sacanagem.  Antes de terminar o filme, eu, o santinho, alegava que estava com sono e ia dormir.  Dormir nada. Saia pelos fundos da casa e esperava o Peninha no caminho onde ele  passava quando do seu retorno para casa. Ah cada dia assustava ele d...

Aromas da Infância - Por Maria Lucia Biazoth

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O cheiro que mais guardo na memória era o das queijadinhas. Eram feitas no natal. A tia Dita tinha um forno de barro que minha mãe também usava. Faziam  pão e biscoito de polvilho. Por isso esperava ansiosa pelo natal, por causa das queijadinhas e o natal demorava muito p chegar! No natal colocava um prato cheio de capim embaixo da cama para o papai Noel colocar presente e todo ano vinha o mesmo presente, aquela bonequinha "mãos ao alto", lembram dela meninas? Mas o melhor mesmo era o ano novo. Íamos dormir logo cedo para acordar muito cedo e ser o primeiro a pedir: paga meu ano bom! Muitas balas e até frango eu cheguei a ganhar.  Mas passou. Cresci.  Não pude mais ir.

Vida na roça - Por Iracema Trigolo

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Uma coisa que sempre chamou a atenção era o modo de vida da época, sem eletricidade e a influência da televisão a vida era frugal e cheia de significados perdidos com o tempo. Uma delas era a relação de trabalho onde não tinha empregados, mas quando precisava recorria aos camaradas, que eram vizinhos, parentes ou compadres. Quem tinha mais terras dava para tocar de ameia, uma espécie de sócio, que entrava com o serviço e ficava com parte do lucro que era dividido com o dono das terras. Normalmente o meeiro também tinha horta e criação de porco e galinha, que ajudava na alimentação da família. Quando a lavoura era de café, no meio das linhas a terra era aproveitada entre uma safra e outra para plantar feijão, amendoim ou arroz. Algumas plantas nasciam naturalmente nas leiras formadas para a colheita, resultado da arruaçao, procedimento usado para limpar embaixo dos pés de café. Essas plantas eram usadas como hortaliças ou para alimentar os porcos e galinhas. Quando voltava da roça ...

Lembranças - Por Iracema Trigolo

Depois de ler a história do cafezal em flor me lembrei de um dia quando voltava para visitar nosso bairro e a família que continuou no sítio depois que fui embora dar aulas em Barueri, outros amigos também haviam partido para outros lugares. Neste dia encontrei Antônio Avelino Viana, que também estava morando em outra cidade, Campinas, quis o destino que nos encontrássemos no ônibus que saía de Ourinhos e passava na cabeceira do Bairro dos Bugres, nas terras pertencentes a seu pai Octacílio Viana, onde o caminho entre os pés de café levavam às nossas casas, primeiro a dele próxima da capela e a minha um pouco mais abaixo, depois do riacho chamado água dos Bugres que deságua em Salto Grande, no Rio Paranapanema.  Chovia e de pronto como telepatia pensamos a mesma coisa, sem dizer nada ainda no ônibus tiramos o calçado e descalços descemos felizes lembrando de nossa infância feliz, em que andávamos descalços no barro de terra vermelha e fértil que era responsável pela riqueza...

Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal - Por João Luiz Viana

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Ainda sinto o cheiro da Florada, meados da estação, Primavera chegando... As chuvas de setembro cobriam de branco o Bugrao. Era lindo, um espetáculo a parte, para os cafezais iam todos, jovens, crianças, adultos, época de tirar fotos, registrar aquela beleza, guardar na memória. Felicidade imensa de pensar q aquele mar branco de flores transformaria se no delicioso café... Mas em meio ao delicioso aroma e sabor todo café tem seu amargo... Muito sangue e suor... Trabalho pesado, duro, rostos marcados, mas com muita alegria, parecia uma festa... E se transformava mesmo em uma , no final da colheita...Em agradecimento todos se reuniam p comemorar a colheita bem sucedida. O terreirão era o palco, lá contavam se os "causos" os sonhos, os desejos e esperava a próxima colheita... Em 1975 não houve colheita... Em 1975, não houve o branco da florada, houve o branco da geada.. Um mar de gelo transformou a paisagem,  o verde dos cafezais acabou... Com o fim dos cafezais, i...

Arvão na lembrança - Por Iracema Trigolo

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Hoje é o dia da árvore, todos temos ou deveríamos ter uma relação de afeto e respeito por elas. Esta onde estou confortavelmente repousando em sua sombra faz parte da minha vida, era um verdadeiro oásis na beira da estrada onde passei grande parte da vida. Ponto de encontro dos jovens , crianças , namorados, amigos, adultos ou velhos. Abrigo para animais, aves e insetos, sombra amiga e reconfortante. Neste dia já havia batido minhas asas e alçado vôo para a cidade grande, onde quase todos os outros amigos de infância também foram, estava voltando de uma viagem à região amazônica onde vi milhões de outras árvores, mas nenhuma tinha o mesmo significado para mim, pois essa era o elo entre nós, bugrinos amados. Infelizmente essa bela figueira já não existe mais, só as boas recordações de um tempo que passou.

Arvão tem historias - Por Marcos Antonio Corrêa

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Arvão. Tantas historias. Tantas gerações. Hoje só na lembrança - Acervo  pessoal de Marcos Antonio Corrêa Uma árvore. Todas, enraízam, vivem, respiram, sombreiam. Mas guardam histórias também. Todos nós, moradores do Bairro Cabeceira dos Bugres temos histórias em comum nessa árvore majestosa. Transpassou épocas e pessoas. As marcas são inevitáveis. Em seus galhos estavam marcadas essa historias. Paixões. Segredos. Suspiros adolescentes. Utopias juvenis. Lá tinham guardadas também essas histórias. Era ela. Chamarei de M., pois esta viva e não terei tempo de contatar para pedir autorização para revelar sua identidade. Mas seu nome foi o que mais gravei em seus galhos. Era um prego, um pedaço de madeira mais forte. Era o suficiente. Historias lá eram escritas e lá permaneciam anônimas. Alimentadas por mais e mais paixões e sentimentos. Dalila no correio. Naquele tempo eram as cartas que embalavam a comunicação. Ela morava longe, e a comunicação era por cartas. Escritas que ...