A Ferro e Fogo - João Luiz Viana

Avelino Luíz Viana No raiar do dia, qdo o sol despontava no horizonte, lá no alto do espigão, ouvia-se um barulhão. Não era trovão, era o barulho da boiada no repique do chicote. Era uma sinfonia, só faltava o berrante. Tudo orquestrado, ao descer do estradão o berrante era tocado. Seu som estridente por casas e casebres adentraram e crianças e velhos se emocionavam. Nossa quanta alegria. As crianças saiam em disparada, até os cachorros se alvoroçavam. Era o sinal da chegada. A boiada do Bugre de cima se encontrava com a boiada do Bugre de baixo. Com certeza era briga de boi grande. Todo cuidado era tomado para evitar o encontro dos touros. Eram bons de briga. A molecada corria para ver a chegada da boiada. A poeira vermelha que levantava do chão do estradão nos ofuscava. Na dianteira os cachorros acostumados faziam a separação. Meu avô Avelino Luiz Viana, era o ponteiro, depois vinha meu pai Octacilio, tio Amprilio, Alfredo, Alcides e outros que gostavam da peo...